O Cabo da Roca , Praia da Ursa, Pedra de Alvidrar e Buraco do Fojo
Cabo da Roca
Com as suas coordenadas geográficas de N 38º47', W 9º30', torna este o ponto mais ocidental da Europa.
Este promontório recebe milhares de turistas por ano de onde se tem uma vista privilegiada sobre a imensidão do Oceano Atlântico.
Existe no cimo deste promontório um farol com uma torre de 22 metros.
Este farol foi mandado construir em 1758 e desde então assinala a proximidade de terra aos navegadores que por estas bandas passam.
A sua luz tem um alcance de 26 milhas.
A Praia da Ursa
Esta pequena praia situada entre o Cabo da Roca e a Praia da Adraga é uma praia de muito difícil acesso no fundo de um pequeno e recortado vale. No fim da comprida caminhada que nos leva ao seu pequeno areal deparamo-nos com uma rara beleza de paisagem selvagem.
“. A Praia da Ursa, deve o seu nome segunda a lenda, a uma ursa que desobedeceu às ordens dos deuses, recusando-se a migrar para Norte com os seus filhotes quando os gelos que cobriam a Serra de Sintra começaram a derreter. Iradas, as divindades transformaram a ursa desobediente numa enorme pedra e os filhotes em pequenos calhaus para sempre dispersos em seu redor.”

Pedra de Alvidrar
Esta formação rochosa encontra-se a sul da Praia da Adraga.
Ao contrario da restante falésia que formada por precipícios verticais e que é característica desta zona, a Pedra de Alvidrar é um troço de falésia com uma inclinação bastante acentuada que nos leva até mar.
Sobre esta pedra existem historias bastante antigas.
“Lenda de Alvidrar
Há muitos séculos atrás, o Deus Vulcano, figura sinistra e perversa, jurou vingar-se para todo o sempre duma formosa princesa, espelho de virtudes sem par.
O maligno Vulcano, seguindo ruins desígnios, pretendeu casar-se com a esbelta princesa que já a outro prometera a sua mão.
Pouco satisfeito com o inesperado facto, quis saber de quem se tratava. Furioso ficou quando soube que o futuro esposo da gentil princesa era o seu próprio sobrinho, filho primogénito da sua irmã. Imediatamente acorreu à casa de sua irmã Zipa e queixou-se do seu desespero. Esta fez-lhe ver que nada tinha com o próximo enlace. Jovens e obedientes aos pais de cada um, tudo neles concorria para que fossem felizes.
Em consciência nada teria a opor-se e recomendou ao irmão prudência e resignação; a casta princesa não era para a sua idade, merecia um jovem como ela.
Vulcano não acatou os conselhos prudentes e nobres da irmã.
Chegando a seus domínios, organizou fortíssima expedição que se dirigiu para as terras da princesa Al-Vidrar e de seu sobrinho Foje.
Zipa veio ao seu encontro mas nada deteve Vulcano.
Naquela cruenda batalha restam os corpos vulcanizados dos moços namorados aos quais chamamos PEDRA DE ALVIDRAR E O FOJE.
In “Lendas Sintrenses”
Recolha e relato de Luiz da Cunha Oliveira, 1968”
“. Esta Pedra funcionaria como um autêntico tribunal popular.
Alvidrar significa em árabe julgar ou decidir e, em caso de dúvida, os criminosos teriam de descer ou seriam lançados por este “escorrega”. Se sobrevivessem eram considerados inocentes.

Buraco do Fojo
Junto Da Pedra de Alvidrar existe um buraco no alto da falésia e que fundo á uma ligação com o mar.
Esta buraco “resultou da acção corrosiva da água das chuvas, através das fracturas existentes nas rochas calcárias, conjugada com a acção erosiva das ondas, que originaram um labirinto de grutas, cavernas e enormes fendas.”
Também existe uma lenda para o Buraco do Fojo
”Consta que os Romanos acreditavam existir um Tritão a tocar búzio no fundo do buraco do Fojo, com cerca de 90 metros.
Na realidade, seria o ruído causado pelas ondas, mas na época foi até enviada uma embaixada ao Imperador Tibério (entre o ano 14 e 34 d.C.) para relatar o fenómeno.”
Sites consultados:
http://riodasmacas.blogspot.com/
http://www.jf-colares.pt/
http://www.cm-sintra.pt/
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